Cardiologista indica principais sintomas de AVC e como reduzir o risco





O acidente vascular cerebral (AVC) segue como uma das principais causas de morte e incapacidade no Brasil. Embora seja um evento súbito, os especialistas reforçam que ele quase nunca acontece “do nada”: é, na maioria das vezes, o resultado de fatores de risco acumulados ao longo de anos, como hipertensão mal controlada, colesterol elevado, tabagismo e sedentarismo.


Quando o fluxo de sangue para o cérebro é interrompido — seja por um coágulo (AVC isquêmico) ou pelo rompimento de um vaso (AVC hemorrágico) —, os neurônios começam a morrer em questão de minutos. Por isso, reconhecer os sintomas e buscar socorro imediatamente é decisivo para evitar sequelas graves.



O que desencadeia um AVC


O cardiologista Eugênio Moraes, do Hospital Sírio-Libanês, explica que o AVC faz parte do grupo das doenças cardiovasculares, como o infarto. Isso significa que os fatores capazes de prejudicar coração e vasos sanguíneos também afetam diretamente o cérebro.


“Vários fatores de risco estão relacionados ao surgimento do AVC. Destaco a hipertensão arterial, o sedentarismo, o consumo de tabaco, o controle inadequado do colesterol e o descontrole da diabetes, quando houver”, afirma.


Ele ressalta que a pressão alta é um ponto crítico: “A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para o acidente vascular cerebral. Ela é uma doença silenciosa e, para reduzir o risco de AVC, precisamos controlar rigorosamente a pressão.”

Ilustração de homem com forte dor de cabeça - Saiba como reduzir o risco de AVC e cuidados essenciais para prevenção - Metrópoles
Controlar a pressão arterial, manter exames em dia, praticar atividade física e dormir bem reduzem a sobrecarga nos vasos cerebrais e ajudam a prevenir o AVC

Prevenção começa no dia a dia


A prevenção do AVC é, essencialmente, o controle de condições que também elevam o risco de infarto. Moraes reforça que hábitos diários fazem diferença direta no cérebro. “Para reduzir o risco de acidente vascular cerebral, precisamos de uma vida mais saudável: controle da pressão arterial, redução do consumo de álcool e tabaco, controle do colesterol, da glicemia e do peso, dieta adequada, atividade física regular e equilíbrio do sono e do estresse”, lista o médico.


A neurologista Eva Rocha, professora da Unifesp e membro da Rede Brasil AVC, acrescenta que o manejo rigoroso de doenças já existentes é fundamental tanto para quem nunca teve AVC quanto para quem já sofreu um episódio.


“Precisamos controlar muito bem o açúcar no sangue, usar medicamentos que baixem o colesterol e tratar a pressão alta. Isso evita tanto o AVC isquêmico quanto o hemorrágico”, aponta. Ela lembra que muitos eventos são desencadeados por placas de gordura que obstruem artérias — e o tratamento adequado reduz drasticamente esse risco.



Sintomas de AVC que exigem ação imediata



  • Fraqueza.

  • Dificuldade para mover um lado do corpo.

  • Boca torta.

  • Fala enrolada.

  • Dificuldade para encontrar palavras.

  • Tontura.

  • Alteração de equilíbrio

  • Perda parcial da visão.




Os sintomas de AVC não devem ser ignorados nem atribuídos ao cansaço. Cada minuto sem tratamento aumenta o dano neurológico. “A cada minuto, podemos perder até 2 milhões de neurônios em um AVC não tratado. Quanto antes o paciente chega ao hospital, maior a chance de recuperação”, afirma Eva.


No caso do AVC isquêmico, o medicamento capaz de dissolver o coágulo costuma ter maior efeito nas primeiras quatro horas e meia, o que torna o atendimento rápido uma etapa decisiva. Ela reforça que, diante de qualquer suspeita, a orientação é ligar imediatamente para o SAMU (192).


O AVC pode ser evitado


Ainda que pareça repentino, o AVC está, em grande parte, ligado a fatores modificáveis. Pressão alta persistente, glicemia elevada, colesterol descontrolado e anos de sedentarismo são os principais motores do problema — e todos podem ser manejados com acompanhamento médico e mudanças de rotina. Cuidar da saúde cardiovascular é também cuidar da saúde cerebral.


Prevenir é sempre o melhor caminho. Reconhecer sinais de alerta e adotar hábitos que protegem o coração e o cérebro não apenas reduz drasticamente o risco de AVC, mas também aumenta as chances de recuperação caso o evento aconteça.


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